Escola de música da região serrana do Crato prepara jovens talentos para brilhar em orquestras pelo país.
Quarenta anos é o espaço de construção de um sonho que se iniciou em 1967. Hoje seu benfeitor com 90 anos de idade enxerga a juventude e a serenidade de quem construiu com muita luta um trabalho solidário para a criação de uma identidade cultural e musical na comunidade do Belmonte, região serrana do Crato. Inicialmente, a escola recebeu o nome de Escola de Educação Artística Heitor Villa Lobos. Posteriormente, Escola Lírica do Belmonte.
Ainda padre, em 1948, o Monsenhor Ágio era professor de música do Seminário São José, em Crato. Foi nesta época que despertou o desejo de desenvolver um trabalho de música em comunidades camponesas. “Comecei a sonhar e a pensar num trabalho rural em contato com o povo simples”. Seu sonho se fortificou ao ver um grupo de jovens camponeses compondo um singelo conjunto de vozes, que improvisava, nos mutirões, por ocasião da colheita do café, do arroz ou do algodão. “Impressionante, entre os trabalhadores jovens, existia afinação perfeita na melodia e muita harmonia, não só nas vozes, mas também no convívio alegre ente si”, recorda Ágio.
Depois de alguns anos, Padre Ágio foi passar uma temporada na residência das Irmãs de Santa Teresa e lá começou a concretizar seu projeto. Nesta mesma época ele se dedicou também à faculdade de filosofia e a procura incessante de um terreno, ali próximo, para realizar seu sonho de ensinar e orientar os jovens camponeses para música. De três alunos, considerados músicos natos, foi montado um conjunto musical chamado Villa-Lobos que contava com: violão, violoncelo, violino e sanfona conseguidos através de doações. E, Logo depois este trio se transformou em sexteto proporcionando a partir daí uma longa caminhada de cultivo na arte musical nesta comunidade rural.
Somente em 1967, Ágio ouve através de um anúncio pela rádio que existe uma casa no distrito do Belmonte que está à venda. “No mesmo dia, tomei o transporte coletivo em direção ao sítio Belmonte. Tratava-se de uma residência, cuja frente e laterais eram de alvenaria, solidamente construída, e o fundo e seus encarregados, porém, eram de taipa.” Não foi nesta ocasião que o Monsenhor comprou à casa, na época o pagamento seria à vista, impossibilitando a compra. Somente depois de alguns meses esta casa pode ser comprada. Naquele dia e, a partir dele, estava iniciando uma longa jornada com a comunidade do Belmonte ou como o padre mesmo diz: “Sua Missão”.
Hoje a escola conta com 200 alunos distribuidos em três turnos e com aulas teoricas e práticas da teoria musical. “Qualquer pessoa pode ser aluno da Sociedade Lírica do Belmonte - SOLIBEL, a única exigência é que este aluno esteja matriculado em escolas regulares. A prioridade é para a comunidade do Belmonte, mas temos alunos de toda parte da Região.” nos conta o maestro Felipe da Silva atual regente e diretor da escola.
Basicamente a SOLIBEL trabalha com teoria musical, mas houve tentativas de inserção de novos cursos para as crianças. Entre estes, mais recentemente aconteceu à oficina de teatro, entre outras intenções de montar uma escola de informática para inserir os jovens no mundo digital.
A verdadeira intenção da escola é despertar na criança e no jovem seus interesses pela cultura, trazendo-os para si sensações de pertença a um ambiente voltado à música e as artes de uma maneira geral. As sensibilidades despertadas neles pelas aulas da SOLIBEL revelam para o espaço poético e lírico, jovens talentos. É o caso do Carlos Rafael, um violinista de 12 anos, filho de pequenos agricultores do Crato que toca Bach, Mozart e Corelli, e também canções populares como "Mulher Rendeira" e "Luar do Sertão".
Em fevereiro deste ano houve a comemoração dos noventa anos do Monsenhor Ágio com o lançamento de um livro e um cd com as músicas do Padre David, irmão do Monsenhor que durante anos ajudou na orientação e na construção dessa escola. Oferecendo para os alunos aulas de música. Este cd é o primeiro trabalho registrado da orquestra e que teve duração de um ano, desde a idéia até o produto pronto. “Nesta festa reunimos os alunos e os ex-alunos, além de pessoas que de alguma forma contribuíram para SOLIBEL.” Comenta o maestro.
Apesar de seus 90 anos o Monsenhor Ágio ainda encontra forças para lecionar música aos seus alunos, além de publicar alguns livros sobre a história da SOLIBEL. A firmeza encontrada vem de uma disciplina árdua de caminhadas e refeições balanceadas. Mostrando que a força nunca seca e que a formação de multiplicadores é somente um passo de sua longa e iluminada jornada. Assim é o Padre Ágio nas palavras de Josely Timóteo: “Não é um ser opaco, acomodado às coisas fáceis da vida, mas alguém que luta porque acredita num mundo melhor, mais espiritual, mais humano, menos materialista e, principalmente, mais artístico”.
Ainda padre, em 1948, o Monsenhor Ágio era professor de música do Seminário São José, em Crato. Foi nesta época que despertou o desejo de desenvolver um trabalho de música em comunidades camponesas. “Comecei a sonhar e a pensar num trabalho rural em contato com o povo simples”. Seu sonho se fortificou ao ver um grupo de jovens camponeses compondo um singelo conjunto de vozes, que improvisava, nos mutirões, por ocasião da colheita do café, do arroz ou do algodão. “Impressionante, entre os trabalhadores jovens, existia afinação perfeita na melodia e muita harmonia, não só nas vozes, mas também no convívio alegre ente si”, recorda Ágio.
Depois de alguns anos, Padre Ágio foi passar uma temporada na residência das Irmãs de Santa Teresa e lá começou a concretizar seu projeto. Nesta mesma época ele se dedicou também à faculdade de filosofia e a procura incessante de um terreno, ali próximo, para realizar seu sonho de ensinar e orientar os jovens camponeses para música. De três alunos, considerados músicos natos, foi montado um conjunto musical chamado Villa-Lobos que contava com: violão, violoncelo, violino e sanfona conseguidos através de doações. E, Logo depois este trio se transformou em sexteto proporcionando a partir daí uma longa caminhada de cultivo na arte musical nesta comunidade rural.
Somente em 1967, Ágio ouve através de um anúncio pela rádio que existe uma casa no distrito do Belmonte que está à venda. “No mesmo dia, tomei o transporte coletivo em direção ao sítio Belmonte. Tratava-se de uma residência, cuja frente e laterais eram de alvenaria, solidamente construída, e o fundo e seus encarregados, porém, eram de taipa.” Não foi nesta ocasião que o Monsenhor comprou à casa, na época o pagamento seria à vista, impossibilitando a compra. Somente depois de alguns meses esta casa pode ser comprada. Naquele dia e, a partir dele, estava iniciando uma longa jornada com a comunidade do Belmonte ou como o padre mesmo diz: “Sua Missão”.
Hoje a escola conta com 200 alunos distribuidos em três turnos e com aulas teoricas e práticas da teoria musical. “Qualquer pessoa pode ser aluno da Sociedade Lírica do Belmonte - SOLIBEL, a única exigência é que este aluno esteja matriculado em escolas regulares. A prioridade é para a comunidade do Belmonte, mas temos alunos de toda parte da Região.” nos conta o maestro Felipe da Silva atual regente e diretor da escola.
Basicamente a SOLIBEL trabalha com teoria musical, mas houve tentativas de inserção de novos cursos para as crianças. Entre estes, mais recentemente aconteceu à oficina de teatro, entre outras intenções de montar uma escola de informática para inserir os jovens no mundo digital.
A verdadeira intenção da escola é despertar na criança e no jovem seus interesses pela cultura, trazendo-os para si sensações de pertença a um ambiente voltado à música e as artes de uma maneira geral. As sensibilidades despertadas neles pelas aulas da SOLIBEL revelam para o espaço poético e lírico, jovens talentos. É o caso do Carlos Rafael, um violinista de 12 anos, filho de pequenos agricultores do Crato que toca Bach, Mozart e Corelli, e também canções populares como "Mulher Rendeira" e "Luar do Sertão".
Em fevereiro deste ano houve a comemoração dos noventa anos do Monsenhor Ágio com o lançamento de um livro e um cd com as músicas do Padre David, irmão do Monsenhor que durante anos ajudou na orientação e na construção dessa escola. Oferecendo para os alunos aulas de música. Este cd é o primeiro trabalho registrado da orquestra e que teve duração de um ano, desde a idéia até o produto pronto. “Nesta festa reunimos os alunos e os ex-alunos, além de pessoas que de alguma forma contribuíram para SOLIBEL.” Comenta o maestro.
Apesar de seus 90 anos o Monsenhor Ágio ainda encontra forças para lecionar música aos seus alunos, além de publicar alguns livros sobre a história da SOLIBEL. A firmeza encontrada vem de uma disciplina árdua de caminhadas e refeições balanceadas. Mostrando que a força nunca seca e que a formação de multiplicadores é somente um passo de sua longa e iluminada jornada. Assim é o Padre Ágio nas palavras de Josely Timóteo: “Não é um ser opaco, acomodado às coisas fáceis da vida, mas alguém que luta porque acredita num mundo melhor, mais espiritual, mais humano, menos materialista e, principalmente, mais artístico”.
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