Wilson Bernardo, o poeta marginal numa conversa franca mostrando sua vivacidade, revelando diafanamente o seu amor a Arte.
Por Hermínia Rachel Saraiva
Fotos Dihelson Mendonça
Escritor, poeta, fotógrafo sem máquina própria, escultor e professor por opção de sobrevivência. É assim que se auto define Wilson Bernardo o ícone da poesia marginal do Cariri.
É necessário ressaltar que para se entender o que é poesia marginal é interessante mergulhar um pouco na história: Na década de 1970 não era raro encontrar em portas de bares, teatros e cinemas de grandes cidades brasileiras alguns poetas vendendo seus livros, em geral produzidos com escassos recursos gráficos. O conteúdo desses volumes perpetuou-se na memória dos leitores e dos críticos literários sob a denominação de Poesia Marginal, um movimento cultural fundado no auge dos anos 70 num momento de exceção no país. Esse momento de exceção diz respeito à ditadura militar vigente no país a partir de 1964, e que teve sua fase mais contundente no mesmo período em que os poetas marginais escancaravam ao público suas diferentes vozes literárias. São destaques desse movimento: Ana Cristina César, Paulo Leminski, Chacal, Francisco Alvim e Cacaso.
Aqui na região, José Wilson Bernardo da Silva, cratense criativo é o nosso poeta marginal. Começou a panfletar seus poemas em meados da década de 80, ainda quando fazia teatro (Wilson pertenceu ao vanguardista GIA- Grupo Teatral de Improvisação e Ação), desde então são mais de mil panfletos publicados e uma infinidade deles catalogados. “Escrevo desde os dez anos de idade, minha arte não depende de ninguém, eu mesmo crio os mecanismos necessários pra que ela aconteça” relata Wilson, que ressalta entre suas influencias literárias, os poetas brasileiros Castro Alves e Álvares de Azevedo.
Além de panfletar suas poesias, há quatro anos, Wilson vem colocando em prática a disseminação de cartões postais autorais, com fotos artísticas e poesias no verso. Esse outro movimento chama-se poema - postal e dentro de uma conjetura de que há uma necessidade de mostrar a poesia a todos, o poeta distribui onde pode sua arte “Vendo pros amigos, ofereço, envio pra pessoas do mundo afora” e assim vai realizando literalmente o seu Marketing pessoal”
Wilson tem consciência de que Cultura não é para todos e é um grande lutador contra essa norma imposta pela sociedade “Temos que desrotular os conceitos funcionais, existe um preconceito de que a periferia, não gosta do que é intelectualmente artístico, da música, da arte em geral de qualidade. Talvez alguns, mas como podem gostar do que não se conhece, do que não se tem acesso?” reflete. Na concepção do artista, a Arte em todas as suas faces tem que ser mostrada sem amarras e sem convencionalismos.
Independente dos incentivos que recebe Wilson Bernardo continua a fazer o seu trabalho, ele frisa que falta apoio aos artistas, mas que ainda existem pessoas que investem e acreditam em quem faz Arte, “o advogado Luiz Carlos Duarte, o Doutor em Economia e também músico Micaelson Lacerda e Chiquinho Barreira, empresário do ramo imobiliário são companheiros que acreditam nessa de que a cultura como um todo merece apoio e muito respeito”
A nova empreitada do poeta marginal é um livro de ouro, nesse livro quem assinar e fizer a sua colaboração automaticamente receberá algo em troca, um poema, um poema-postal, um CD. Esse livro de ouro, o ajudará a publicar um livro com seus poemas. “Ainda não publiquei nenhum livro, mas já lancei poetas como Jeilson Ribeiro e Marcos Leonel que já publicaram suas obras e isso para mim é uma honra”
E assim caminha a humanidade, e assim caminha Wilson Bernardo, o poeta marginal que acredita que desvincular a cultura é democratizá-la, que não pretende com sua arte colecionar elogios o que o poeta realmente almeja é que suas obras sejam entendidas, questionadas e sobretudo respeitadas.
Mais sobre o Poeta Marginal:
www.wbpoemapostal.blogspot.com
É necessário ressaltar que para se entender o que é poesia marginal é interessante mergulhar um pouco na história: Na década de 1970 não era raro encontrar em portas de bares, teatros e cinemas de grandes cidades brasileiras alguns poetas vendendo seus livros, em geral produzidos com escassos recursos gráficos. O conteúdo desses volumes perpetuou-se na memória dos leitores e dos críticos literários sob a denominação de Poesia Marginal, um movimento cultural fundado no auge dos anos 70 num momento de exceção no país. Esse momento de exceção diz respeito à ditadura militar vigente no país a partir de 1964, e que teve sua fase mais contundente no mesmo período em que os poetas marginais escancaravam ao público suas diferentes vozes literárias. São destaques desse movimento: Ana Cristina César, Paulo Leminski, Chacal, Francisco Alvim e Cacaso.
Aqui na região, José Wilson Bernardo da Silva, cratense criativo é o nosso poeta marginal. Começou a panfletar seus poemas em meados da década de 80, ainda quando fazia teatro (Wilson pertenceu ao vanguardista GIA- Grupo Teatral de Improvisação e Ação), desde então são mais de mil panfletos publicados e uma infinidade deles catalogados. “Escrevo desde os dez anos de idade, minha arte não depende de ninguém, eu mesmo crio os mecanismos necessários pra que ela aconteça” relata Wilson, que ressalta entre suas influencias literárias, os poetas brasileiros Castro Alves e Álvares de Azevedo.
Além de panfletar suas poesias, há quatro anos, Wilson vem colocando em prática a disseminação de cartões postais autorais, com fotos artísticas e poesias no verso. Esse outro movimento chama-se poema - postal e dentro de uma conjetura de que há uma necessidade de mostrar a poesia a todos, o poeta distribui onde pode sua arte “Vendo pros amigos, ofereço, envio pra pessoas do mundo afora” e assim vai realizando literalmente o seu Marketing pessoal”
Wilson tem consciência de que Cultura não é para todos e é um grande lutador contra essa norma imposta pela sociedade “Temos que desrotular os conceitos funcionais, existe um preconceito de que a periferia, não gosta do que é intelectualmente artístico, da música, da arte em geral de qualidade. Talvez alguns, mas como podem gostar do que não se conhece, do que não se tem acesso?” reflete. Na concepção do artista, a Arte em todas as suas faces tem que ser mostrada sem amarras e sem convencionalismos.
Independente dos incentivos que recebe Wilson Bernardo continua a fazer o seu trabalho, ele frisa que falta apoio aos artistas, mas que ainda existem pessoas que investem e acreditam em quem faz Arte, “o advogado Luiz Carlos Duarte, o Doutor em Economia e também músico Micaelson Lacerda e Chiquinho Barreira, empresário do ramo imobiliário são companheiros que acreditam nessa de que a cultura como um todo merece apoio e muito respeito”
A nova empreitada do poeta marginal é um livro de ouro, nesse livro quem assinar e fizer a sua colaboração automaticamente receberá algo em troca, um poema, um poema-postal, um CD. Esse livro de ouro, o ajudará a publicar um livro com seus poemas. “Ainda não publiquei nenhum livro, mas já lancei poetas como Jeilson Ribeiro e Marcos Leonel que já publicaram suas obras e isso para mim é uma honra”
E assim caminha a humanidade, e assim caminha Wilson Bernardo, o poeta marginal que acredita que desvincular a cultura é democratizá-la, que não pretende com sua arte colecionar elogios o que o poeta realmente almeja é que suas obras sejam entendidas, questionadas e sobretudo respeitadas.
Mais sobre o Poeta Marginal:
www.wbpoemapostal.blogspot.com
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